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  • Foto do escritorTeresa Gomes

As nossas guerras.


Falava há pouco tempo com uma amiga sobre o cansaço. Ultimamente, quando perguntamos a alguém se "está tudo bem" a resposta automática típica "está tudo bem!" está a ser substituída por uma resposta menos automática como "estou cansado/exausto!"...


Também te acontece? E essa mesma resposta é a que também eu dou com frequência quando me fazem a mesma pergunta.


Comecei a ficar ainda mais atenta quando nos meus dias (aparentemente) tranquilos, continuava cansada. Talvez esteja com falta de vitaminas? Preciso de me alimentar melhor? Ando a dormir menos do que devia? Mas o que se anda a passar com a minha vitalidade e energia? E claro, uma criança pequena em casa é o alibi perfeito para todo o tipo de cansaço. Já para não falar que grande parte dos dias são uma verdadeira luta. Com batalhas travadas com o meu marido, o meu filho, colegas, senhor do supermercado, condutores no trânsito, com o meu pc quando resolve não funcionar, comigo própria, entre outras.


Mas o verdadeiro sinal de alerta surgiu quando me caiu a ficha de que se grande parte das pessoas se sentem assim, então podemos ter a nossa espécie em vias de extinção... Isso é que não! Vamos lá mudar este cenário!


Tenho aprendido recentemente que o humor é uma excelente forma de trazermos para cima da mesa temas importantes e é o que estou a tentar fazer agora. Mas não dá para adiar mais. Agora vamos passar à parte séria. Muito séria mesmo.


O que nos pode estar a retirar a energia e vitalidade? A competição. Talvez seja uma possível resposta.

Muito se fala sobre sermos competidores por natureza. E que a competição é fundamental para a nossa sobrevivência e evolução. E em nossa defesa, a competição na raça humana já existia na pré-história, quando os homens das cavernas disputavam alimentos para garantir a sobrevivência. Batalhas e guerras são mencionadas ao longo da história, em que homens competiam por território, comida, terras, bens.

Pois. Sei o que estás a pensar. Isto não é algo que faz parte do passado. Está a acontecer agora! No nosso continente. Na Ucrânia. E está a destruir a vida de muitas pessoas.

Do que precisamos mais para termos a certeza que a competição não é de todo uma vantagem competitiva da nossa espécie? Que perdemos mais do que ganhamos ao viver de forma competitiva nas nossas vidas e nas nossas empresas?


Muitos estudos têm sido realizados e que afirmam a empatia e a generosidade como a maior vantagem competitiva da nossa espécie. Muito mais do que a força e a competição. E que são conferidas vantagens evolutivas aos seres com comportamentos altruístas. A cooperação e a empatia parecem melhores estratégias para passar os genes para as gerações seguintes. É a lei da sobrevivência dos mais generosos!

Se pensarmos bem, sobrevivemos como espécie porque sabemos tomar conta e cuidar uns dos outros. Como seria possível sobrevivermos enquanto espécie sem empatia e generosidade? Como sobreviveriam os nossos bebés? São os instintos cuidadores e sociais que nos tornam mais poderosos!


E tu? Qual é a tua relação com a competição? Acreditas que é necessária para a evolução da nossa espécie, sendo um estímulo à superação ou acreditas que existem outras possibilidades para evoluirmos enquanto seres humanos, onde todos possamos ganhar, sem que alguém tenha que perder?


Podemos fazer pouco sobre o que se está a passar na Ucrânia. Mas podemos acabar com a guerra na nossa esfera de influência. Na nossa casa. Nas nossas empresas.

Se ganhamos alguma coisa com competição, perdemos muitas mais. Talentos, auto estima, auto confiança, energia e vitalidade!

Cooperar ou competir? Que não tenhamos dúvidas na resposta!

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